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quinta-feira, 4 de outubro de 2012

“Sermão da Sexagésima"

Ese quisesse Deus que este tão ilustre e tão numeroso auditório
saísse hoje tão desenganado da pregação, como vem enganado
com o pregador! Ouçamos o Evangelho, e ouçamo-lo todo, que
todoédo caso que melevouetrouxede tão longe.”
Diante de tal sermão, me coloco como um pregador, tendo em vista que, como educadora não consigo identificar em que ponto de bom pregador eu me encontro, pois, na verdade sempre penso estar dando o melhor de mim, porém, os resultados nem sempre são os mais positivos, a culpa nessa situação não será minha ou de quem quer que seja em algum momento os resultados serão alcançados. Sempre tentar melhorar será a minha meta!
Sarah Oliveira

Camilo Castelo Branco



“Que importa morrer, se não podemos jamais ter nesta vida a nossa esperança de há três anos? Poderias tu com a desesperança e com a vida, Simão? Eu não podia. Os instantes do dormir eram os escassos benefícios que Deus me concedia; a morte é mais que uma necessidade, é uma misericórdia divina, uma bem-aventurança para mim.”
Camilo Castelo Branco
            
Amor de perdição narra à história de jovens de famílias inimigas (como Romeu e Julieta de Shakespeare). Onde fazem de tudo para separá-los. Por se uma obra ultrarromântica, ela atinge o seu clímax, como a morte sendo a única solução para um amor impossível.

Polianna Afonso Medeiros
RA: 3215513621

Gil Vicente



FIDALGO: Quê? Quê? Quê? Assi lhe vai?!
DIABO: Vai ou vem! Embarcai prestes!
Segundo lá escolhestes,
Assi cá vos contentai.Pois que já a morte passastes,
haveis de passar o rio.
FIDALGO: Não há aqui outro navio?”

Uma peça teatral criada por Gil Vicente, no Humanismo. Tem como cenário um porto imaginário, onde estão ancoradas duas barcas: uma como destino o paraíso, tem como comandante um anjo; a outra tem como comandante o diabo, com destino ao inferno. Traz em sua obra uma crítica ferrenha a sociedade do seu tempo, mas com o pensamento voltado pra Deus.
Polianna Afonso Medeiros

O ARCADISMO


Origem
O Arcadismo, também conhecido como Neoclassicismo, surgiu no continente europeu no século XVIII, durante uma época de ascenção da burguesia e de seus valores sociais, políticos e religiosos. Esta escola literária caracterizava-se pela valorização da vida bucólica e dos elementos da natureza. O nome originou-se de uma região grega chamada Arcádia (morada do deus Pan).

Os poetas desta escola literária escreviam sobre as belezas do campo, a tranqüilidade proporcionada pela natureza e a contemplação da vida simples. Portanto, desprezam a vida nos grandes centros urbanos e toda a vida agitada e problemas que as pessoas levavam nestes locais. Os poetas arcadistas chegavam a usar psedônimos (apelidos) de pastores latinos ou gregos.

O Arcadismo no Brasil
No Brasil, o arcadismo chega e desenvolve-se na segunda metade do século XVIII, em pleno auge do ciclo do ouro na região de Minas Gerais. É também neste momento que ocorre a difusão do pensamento iluminista principalmente entre os jovens intelectuais e artistas de Minas Gerais. Desta região, que fervia culturalmente e socialmente nesta época, saíram os grandes poetas.
Entre os principais poetas do arcadismo brasileiro, podemos destacar:

Tomás Antônio Gonzaga (Dirceu): o principal de sua obra está em Cartas Chilenas (poema satírico em que denuncia os desmandos morais e administrativos do governador de Minas Gerais da época) e em Liras a Marília de Dirceu (em que relata seu amor por Marília, pseudônimo da jovem Maria Dorotéia Joaquina de Seixas).
Cláudio Manuel da Costa (Glauceste Satúrnio): publicado em 1768, seu livro Obras (composto de cem sonetos, várias éclogas, epístolas e outras formas líricas) é considerado o marco inicial do Arcadismo no Brasil. O poema épico Vila Rica também se destaca por descrever a descoberta do ouro em Minas Gerais e a formação de Vila Rica - atual Ouro Preto.
José Basílio da Gama (Termindo Sípílio): seu poema épico O Uraguai celebra a vitória do comissário real Gomes Freire de Andrade sobre os índios de Sete Povos das Missões - região atualmente pertencente ao Rio Grande do Sul.
Frei José de Santa Rita Durão: discute o mito do amor universal no épico Caramuru. A obra conta a história de amor entre o português Diogo Álvares Correa, o Caramuru, e a índia Paraguaçu.

Características do Arcadismo
As principais características das obras do arcadismo brasileiro são: valorização da vida no campo, crítica a vida nos centros urbanos (fugere urbem = fuga da cidade), uso de apelidos, objetividade, idealização da mulher amada, abordagem de temas épicos, linguagem simples, pastoralismo e fingimento poético.

                                                                            
                                                              Karolina- 3º Semestre

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Arcadismo brasileiro


conhecida a Tolete de Vênus 1751, imagen abaixo

ilustra um pouco do Arcadismo, que também é chamado

de Setecentismo ou Neoclassicismo, desenvolveu-se

na segunda metade do seculo 18.O seculo das luzes

o movimento literário surgiu em 1690 em Roma, com

o propósito de combater o Borroquismo e cultivar a lírica

amoroza. Em Portugual o Neoclassicismo teve início no período

pombalismo e, no Brasil,em 1768 com a publicação de obras poéticas

de, Claudio Manuel da Costa.



Debora Maria Chagas de Araújo

Barroco no Brasil

Por intermédio dos jesuítas o Barroco foi introduzido no Brasil no final do século XVI, com a finalidade apenas de catequizar.
Em relação à Literatura, teve seu marco inicial em 1601 com a publicação do poema Prosopopéia, de Bento Teixeira.
Conheça trechos deste poema a seguir:
I

Cantem Poetas o Poder Romano,
Sobmetendo Nações ao jugo duro;
O Mantuano pinte o Rei Troiano,
Descendo à confusão do Reino escuro;
Que eu canto um Albuquerque soberano,
Da Fé, da cara Pátria firme muro,
Cujo valor e ser, que o Ceo lhe inspira,
Pode estancar a Lácia e Grega lira.

II

As Délficas irmãs chamar não quero,
que tal invocação é vão estudo;
Aquele chamo só, de quem espero
A vida que se espera em fim de tudo.
Ele fará meu Verso tão sincero,
Quanto fora sem ele tosco e rudo,
Que per rezão negar não deve o menos
Quem deu o mais a míseros terrenos


Ana Paula Melo

Gênero Lírico


O termo “lírico” vem do latim (lyricu) e quer dizer “lira”, um instrumento musical grego. Durante o período da Idade Média os poemas eram cantados e divididos por métricas (a medida de um verso, definida pelo número de sílabas poéticas). A combinação de palavras, aliterações e rima, por exemplo, foram cultivadas pelos poetas como forma de manter o ritmo musical. Logo, essa é a origem da métrica e da musicalidade na poesia. A temática lírica geralmente envolve a emoção, o estado de alma, os pensamentos, os sentimentos do eu-lírico, e também os pontos de vista do autor e, portanto, é inteiramente subjetiva.
Esse gênero é geralmente expresso pela poesia, contudo, não é toda poesia que pertence ao gênero referido, já que dependerá dos elementos literários inseridos nela.
Quanto à forma, da Idade Média aos dias de hoje, o estilo de poema que permaneceu com intensidade foi o soneto, poesia rimada, composta por quatorze versos, dois quartetos e dois tercetos, com métrica composta de versos decassílabos (dez sílabas) e versos alexandrinos (12 sílabas).
 Quanto ao conteúdo, predominantemente subjetivo, destacam-se:

• Elegia – vem do grego e significa “canto triste”; poesia lírica que expressa sentimentos tristes ou morte. Um exemplo frequente é “O cântico do calvário” de Fagundes Varela.
• Idílio e écloga – são poemas breves com temática pastoril. A écloga, na maioria das vezes, apresenta diálogo.
• Epitalâmio – na literatura grega é um poema de homenagem aos noivos no momento do casamento. Logo, é uma exaltação às núpcias de alguém.
• Ode ou hino – derivam do grego e significam “canto”. Ode é uma poesia que exalta algo e hino que glorifica a pátria.
 • Sátira – poesia que ridiculariza os defeitos humanos ou determinadas situações.
Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras


Marcel Palhares 

Padre Antômio Vieira





Nascido na Lisboa, em 1608, vem com os pais para o Brasil ainda criança. Ordenou-se em 1.634, depois de 64 anos volta para Portugal. Entra em choque com a realidade da corte lusitana, com o momento histórico de Portugal e com a Inquisição, por causa dos cristãos-novos. Fica preso por dois anos e tem cassado o direito de pregar. Volta ao Brasil para o Maranhão, entra em choque com os colonos, por fazer a defesa dos nativos e escravos. Morre em 1.697, aos 89 anos.


Atualmente vemos como o Barroco pode atuar no século XXI, podemos hoje presenciar os textos de Vieira no nosso cotidiano, ver através dos nossos olhos aquilo que ele descrevia em suas prosas, através de seus textos literários que de um modo cativante nos obriga a pensar, repensar, entender o argumento político, social e econômico em que vivemos.


Posso concluir que para o Padre em de acordo com seus argumentos que mostram os fundamentos da injustiça nenhuma causa é segura nem permanente porque tudo vai se compondo com o sangue dos pobres, assim sempre a corda arrebenta no lado mais fraco, ou seja, sempre a Coroa castigaram sues vassalos por qualquer coisa. Hoje em dia e o governo que castiga os pobres com impostos cada dia mais alto, moradia cada vez mais insalubre, escolas de pior qualidade. A causa é ou são as injustiças, que derrubam as Coroas, ou reinados, principalmente quando tiram a liberdade aos que nasceram livres, e não pagam o suor aos que trabalham. Sendo assim resta aos pobres clamar aos céus, violência demais, chuva não tem mais, roubo demais, política demais, tristeza demais, o interesse tem demais(...)(O Rappa- Súplica Cearense).


Karine Patrice

Trovadorismo



O Trovadorismo se caracteriza pelo aparecimento e cultivo das novelas de cavalaria.
Naturais da Inglaterra ou/e da França, e de modo tipicamente medieval, nasceram da prosificação e metamorfose das canções de gesta (poesia de temas guerreiros) estas, alargadas e desdobradas a um grau que transcendia qualquer memória individual, deixaram de ser expressas por meio de versos para o ser em prosa, e deixaram de ser cantadas para ser lidas. Dessa mudança resultaram as novelas de cavalaria, que penetraram em Portugal no século XIII, durante o reinado de Afonso III. Seu meio de circulação era a fidalguia e a realeza. Traduzidas do Francês, era natural que na tradução e cópia sofressem voluntárias e involuntárias alterações com o objectivo de aclimatá-las à realidade histórico-cultural portuguesa. Nessa época, não há notícia de qualquer novela de cavalaria autenticamente portuguesa: eram todas vertidas do Francês.

Convencionou-se dividir a matéria cavaleiresca em três ciclos:
ciclo bretão ou arturiano, tendo o Rei Artur e seus cavaleiros como protagonistas;
ciclo carolíngio em torno de Carlos Magno e os doze pares de França;
ciclo clássico, referente a novelas de temas Greco-latinos.

Tratando-se da Literatura Portuguesa, essa divisão não tem cabimento, pois só o ciclo arturiano deixou marcas vivas de sua passagem em Portugal. Sabe-se que os demais ciclos foram conhecidos e exerceram alguma influência, mas apenas na poesia do tempo, visto que não se conhece em vernáculo nenhuma novela de tema carolíngio ou clássico. 
 
Paulo Vinícius Frazão 

Arcadismo

     
     A principal característica do Arcadismo é a exaltação a natureza e tudo relacionado a ela. Por isso muitos autores dessa época usaram pseudônimos.

    Outras características do Arcadismo que também são importantes:

valorização da vida no campo (bucolismo)
crítica a vida nos centros urbanos
objetividade
idealização da mulher amada
inutilia truncat (cortar o inútil)
locus amoenus (lugar agradável)
convencionalismo amoroso
aurea mediocritas (mediocridade áurea ou ouro medíocre)
linguagem simples
uso de pseudônimos com frequência
pastoralismo
fugere urbem (fuga da cidade)

       Autores:

Manuel Maria Barbosa du Bocage
António Dinis da Cruza e Silva
Correia Garção
Marquesa de Alorna
Francisco José Freire, o Cândido Lusitano



Izabella Lima 

Análise do poema de Bocage – Aspectos do Arcadismo (Rosapont)


Olha, Marília, as flautas dos pastores

Olha, Marília, as flautas dos pastores,
Que bom que soam, como estão cadentes!
Olha o Tejo a sorrir-te! Olha não sentes
Os Zéfiros brincar por entre as flores?

Vê como ali, beijando-se os amores
Incitam nossos ósculos ardentes!
Ei-las de planta em planta as inocentes,
As vagas borboletas de mil cores!

Naquele arbusto o rouxinol suspira,
Ora nas folhas a abelhinha pára,
Ora nos ares sussurrando gira:

Que alegre campo! Que manhã tão clara!
Mas ah! Tudo o que vês, se eu te não vira,
Mais tristeza que a morte me causara.                     ( Bocage )
      

No soneto selecionado é importante destacar aspectos da estética Árcade, já que o autor retornou aos modelos clássicos, ou seja, o soneto transmite a ideia de arte como uma cópia da natureza refletida através da tradição clássica.
      A partir da primeira estrofe nota-se a valorização da vida no campo (bucolismo), pois a amada é convidada a admirar as coisas simples ao seu redor, voltando-se para uma vida simples e pastoril. Cumpre salientar que essa busca por uma vida simplória no campo é apenas um estado de espírito, uma ideologia, já que os autores mantinham seus interesses nos centros urbanos, portanto, nota-se o uso de pseudônimos de pastores.
      Na segunda estrofe nota-se a idealização da mulher amada, outro aspecto muito importante na estética Árcade, pois na intenção de aproveitar o tempo “Carpe diem”, o pastor insinua que os beijos de outros amores incentivam os beijos dele com a mulher amada, principalmente naquele momento, já que aquela paisagem tão inocente e que transmite paz é propicia para este beijo.
      Nas duas últimas estrofes é importante destacar o sentimento de bem estar do pastor pelo ambiente campestre, porém na última estrofe há uma valorização das coisas cotidianas focalizadas pela razão (Aurea mediocritas), pois há uma comparação, ou seja, todo esse bem estar vindo da paisagem campestre de nada valerá se Marília não estiver também, pois do contrário seria mais triste do que a própria morte.

Luciana Linhares